domingo, 22 de setembro de 2019

O Desespero do Milennial Que Recém Começou Terapia

Eu tenho estado tão ansiosa. Quero abraçar o mundo e todas as possibilidades existentes, com meus braços e pernas. Perdi tempo demais deixando a vida me levar e não me importando com o fato de que esse era o meu recurso mais escasso, e agora não consigo pensar em nada além de recuperar o tempo perdido. Correr, correr, correr mais. Resultados. Conclusões. Finalizações. Mas se até a minha chegada ao autoconhecimento durou anos, como posso esperar que as coisas mudem num passe de mágica?

Sad yeehaw.

Meses atrás, eu comecei a fazer terapia. Alguns gatilhos da minha vida pessoal me levaram ao meu limite. Aliás, acho até que já tinha passado desse limite faz tempo. Foi o limite da linha do meu limite. E, apesar de difícil e confuso no começo, me fez bem. Fez com que eu me conhecesse melhor. É muito bizarro como a gente convive com o nosso “eu” durante a vida inteira, mas não se conhece de verdade. Quer dizer, a convivência sempre faz com que saibamos um pouco das pessoas à nossa volta pela observação, certo? “Fulano não tá bem.”, “Ciclana parece melhor hoje do que ontem”. Acontece o mesmo com a gente, mas na maioria das vezes nós não conversamos. E foi nisso que a terapia me ajudou bastante, me conhecer de verdade. Bater um papo com quem eu sou. Descobrir por que eu sou tão boa com as palavras, sendo que não uso isso pra nada. Descobrir que coisas que aconteceram na minha infância são importantes pra mim até hoje, coisas assim. Recomendo.

O lance de se conhecer melhor, e tal.

Na terapia eu acabei descobrindo uma faceta importantíssima sobre quem eu sou e quero ser profissionalmente; eu sou uma comunicadora. Pra quem me conhece pessoalmente isso é bem óbvio - desinibida, tagarela, alguém que gosta de contar e ouvir uma boa história, facilidade pra criar conexões. E eu nunca usei isso pra nada??? Por quê???
Bom, cheguei à conclusão que isso é algo que eu amo. E é algo que eu vou fazer. Vou escrever, falar, presenciar, reproduzir. Voltar com o blog. Escrever histórias que até hoje só estão na minha cabeça. Falhar em escrever uma música.



Só preciso aprender a fazer as coisas com calma. Porque eu ando ansiosa demais. Meio desesperada, até.
O processo é tão importante quanto a conclusão.
O processo é tão importante.
O processo.
Um passo de cada vez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário